sábado, agosto 11, 2007

São Paulo ou a Tragédia Grega


Há 48 horas que estamos em São Paulo.
Foi tempo de matar saudades dos muitos amigos que cá temos, rever cheiros, paladares e sensações que de cá nunca saíram, e assistir a um espectáculo e meio de teatro - porque na quinta-feira, quando chegámos, fomos quase directos para o Galpão do Folias de Arte, preparadíssimos para enfrentar as 3 horas e meia de peça que teríamos pela frente (num acto misto de coragem e insanidade, depois das 12 horas de voo acabadas de fazer...), quando, passadas 2 horas de espectáculo, nos anunciaram que um dos actores tinha rachado a cabeça e teve que ir, de urgência, para o hospital. Imprevistos que acontecem na vida real e que forçam a sua entrada em cena... Fomos, pois, jantar mais cedo, e regressámos na sexta à noite, desta vez, sim, para absorver, de fio a pavio, todos os minutos, tão curtos quanto grandiosos, dessas 3 horas e meia de tragédias gregas, revisitadas no trabalho brilhante do encenador Marco António Rodrigues e do grupo Folias de Arte, numa leitura contemporânea, inteligente, e avassaladora da Trilogia de Ésquilo. Oresteia é, para quem puder, uma peça a não perder.
E eu, vou continuar a dar notícias...

2 comentários:

Carla M. disse...

Eu nunca rachei a cabeça, como o actor da vossa peça, mas à vezes parece :-)

Estou farta de olhar para a minha caixa de retalhos e provavelmente deves ter razão. Lembro-me que acrescentaste alguns retalhinhos ao saquinho de combinados.

Vai dando notícias e aproveita todos os minutos! Como eu gostava de estar aí também!

Beijocas

Mané disse...

... e nós vamos continuar a ler as notícias e a colocar em cena, cá dentro da nossa imaginação, todos os detalhes físicos e emocionais que nos quiseres mostrar dessa terra maravilhosa.